O Kozelek não é do tipo simpático, não sabe rir nem mesmo sorrir, tem mau feitio já se sabe, é arrogante, talvez introspectivo.
Não é nada fácil gostar de tal pessoa, e depois de duas experiências ruins não me foi fácil ir ao concerto, mais difícil ainda pedir-lhe para assinar uns discos. O Kozelek sobe ao palco, tens problemas com a guitarra e com o som, passa uns minutos a tentar afinar aquilo, e eu a pensar que ia voltar a ter azar com ele.
O Kozelek começa a cantar e tudo o que foi dito acima se esquece, deixa de fazer sentido. Aquela voz é tremenda, enche o espaço e não deixa margem para outros pensamentos que não seja a música, e afinal é isso que realmente interessa.
.... e por falar em música, tudo faz lembrar Red House Painters na voz do Kozelek. No Alquimista ouviram-se músicas, quase irreconhecíveis, dos Sun Kil Moon, dos Red House Painters, com destaque para o encore, e muitas músicas que não reconheci de todo.
Foi um concerto de melodias simples a acompanharem uma grande voz, quase duas horas de boas canções, e algumas excelentes canções.
Foi bom terminar assim este mês cheio de grandes concertos.
2 comments:
Era ainda uma chavala quando ouvia os RHP nem sei que este tipo ainda cantava...
Deve ser tramado, para tipos de certa idade, andar a afinar gutarras e a desafinar encores e outros tantos a perder os concertos que realmente fecharam a semana
r
vá lá, vá lá!
fico feliz por ti!
eu não arrisquei!
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