Friday, June 29, 2007

Cinema: Dear Wendy by Thomas Vintenberg

Já estreou o novo filme do Dinamarquês Thomas Vintenberg – Dear Wendy – com argumento de Lars Von Trier, com quem fundou o manifesto Dogma 95. A banda sonora fica a cargo dos The Zombies, uma banda de pop britânico dos anos 60, com uma sonoridade próxima dos Beatles.

Vintenberg destacou-se com o filme de 98 A Festa, o primeiro filme a (supostamente) obedecer aos mandamentos do Manifesto Dogma 95, cujo objectivo seria alcançar um cinema mais “real”, desprovido de artifícios e técnicas cinematográficas, onde o único som permitido é o que deriva da filmagem das próprias cenas. Um verdadeiro murro no estômago para qualquer espectador mais distraído. Mostra-nos, de forma quase cruel, o lado oculto de uma família aparente perfeita. Embora seja já dissidente (afinal tapou a luz natural de uma janela numa cena, sendo uma clara violação ao Manifesto Dogma 95 !), valerá certamente ver a sua mais recente obra.

5 comments:

Cataclismo Cerebral said...

Este é um filme com um tema curioso (a relação dos jovens com as armas). Gosto do cinema de Vintenberg, embora um dos seus últimos trabalhos - It's All About Love - me tenha desiludido bastante.

Abraço

bitsounds said...

simplesmente adorei a Festa, foi o chamado "murro no estomago" ..... o seu realismo exacerbado fez-me, não raras vezes, recordar o John Cassavetes ..... nunca vi esse "It's All About Love" .....

passarola said...

eu estremeço sempre um bocado ao ouvir o nome lars von trier... é o único realizador (argumentista?) que me dá realmente a volta ao estômago... só o vejo em dvd, para me poder levantar e sentar muitas vezes, e para poder acelerar o ritmo quando as personagens femininas começam a ser maltratadas, em cima de maltratadas... mas claro que não consigo deixar de ver...

bitsounds said...

desta vez n há mulheres maltratadas, aliás as "mulheres" de quem se fala no filme (as armas) são muito bem tratadas, elas é que conduzem as personagens, todas as vontades lhes são feitas.
O filme está numa fronteira perigosa entre o ser anti-armas de fogo, e a adoração que se pode ter pelas armas (será que uma arma tem mesmo que ser usada para matar ?). Segundo o filme se há uma arma há sempre a hipotese dela ser usada da forma errada ...
é um filme interessante, uma abordagem diferente à temática do uso de armas, neste caso entre os jovens.

Anonymous said...

um filme bastante interessante, sim...ou não estivesse o lars von trier envolvido...gostei especialmente da banda sonora...claro que não descansei enquanto não vasculhei a discografia dos srs zombies...