A frase é dirigida a Gloria Grahame, curiosamente em processo de separação com Nicholas Ray na altura em que o filme estava a ser rodado.
Local: Cinemateca
"I'm Not There" é o novo filme de Todd Haynes, realizador de, por exemplo, "Velvet Goldmine".
Nesta nova aventura pelo mundo da música Haynes tenta mostrar as várias fases da vida de Dylan. Todo o mundo fala e aguarda para ver a interpretação de Cate Blanchett como Dylan na sua fase mais andrógina.
Nova oportunidade para ver e ouvir Robert de Niro dizer "Are you talking to me?" num grande ecran.
O filme "Taxi Driver" de Martin Scorsese vai passar dia 17 de Setembro na Cinemateca.
Quem passar por Lisboa em Setembro, entre os dias 5 e 9, não pode deixar de viajar pelo fascinante universo visual de Guillermo del Toro.
O realizador de "Hellboy" e "El Laberinto del Fauno" vai ser alvo de especial atenção no Festival MOTELx
"MOTELx é um festival não competitivo que visa dar a conhecer em Portugal o melhor do Cinema de Terror, em todas as suas variantes - das grandes produções ao experimental, dos clássicos às novas tendências."
A (re)ver, sem dúvida.
Já estreou o novo filme do Dinamarquês Thomas Vintenberg – Dear Wendy – com argumento de Lars Von Trier, com quem fundou o manifesto Dogma 95. A banda sonora fica a cargo dos The Zombies, uma banda de pop britânico dos anos 60, com uma sonoridade próxima dos Beatles.
Vintenberg destacou-se com o filme de 98 A Festa, o primeiro filme a (supostamente) obedecer aos mandamentos do Manifesto Dogma 95, cujo objectivo seria alcançar um cinema mais “real”, desprovido de artifícios e técnicas cinematográficas, onde o único som permitido é o que deriva da filmagem das próprias cenas. Um verdadeiro murro no estômago para qualquer espectador mais distraído. Mostra-nos, de forma quase cruel, o lado oculto de uma família aparente perfeita. Embora seja já dissidente (afinal tapou a luz natural de uma janela numa cena, sendo uma clara violação ao Manifesto Dogma 95 !), valerá certamente ver a sua mais recente obra.
E o IndieLisboa começou.
E o primeiro filme a que assisti foi “Who Killed Cock Robin?”.
Filme minimalista em registo experimental num estilo de vídeo caseiro.
A história é simples, uma cidade em decadência depois da principal fonte de
riqueza, o cobre, ter perdido valor de mercado.
As personagens vagueiam pela cidade sem expectativas, sem esperança. As
conversas entre as três personagens não variam muito, falam da importância dos
sindicatos, de como sobreviver num local onde não há muitos empregos, falam do
passado tentando encontrar um futuro.
Um filme político que aborda questões sociais sem que nunca
se vislumbre qualquer esperança, apesar do preço do cobre ter
vindo a subir de preço ao longo do filme coloca-se a questão, quem quer
trabalhar numa mina ?
A música está sempre presente, o filme abre com uma personagem a tocar guitarra
num estilo folk-country. Durante toda a história a melancolia da música
intensifica o sentimento de decadência que o filme transmite.
“Who Killed Cock Robin?” vale essencialmente pelo ambiente
sonoro.
“A Inocência tem um poder que o Mal não pode imaginar”
... e já que se fala de cinema aqui fica mais uma boa notícia : vai passar no Quarteto um ciclo dedicado aos filmes premiados no Fantasporto 2007.
Ver, sentir a luz plena.
Tocar, sentir a superfície solar.
Da destruição de uma estrela que se apaga imerge uma nova luz, uma nova
estrela.
Danny Boyle continua a explorar a descoberta de sensações
extremas, já o tinha feito em “Trainspotting”.
“Sunshine” aborda uma viagem até ao sol para tentar faze-lo
renascer, evitar que este se apague. Nesta verdadeira missão suicida ninguém se
salva, ou de outra perspectiva, todos de salvam. O sacrifício da tripulação da
missão permite salvar a Humanidade. “Uma vida pode salvar milhões ? Matem-no” .
Se olharmos para este filme do ponto de vista das relações humanas ou como
filme de ficção cientifica então não se encontra nada de novo, de visionário
tem muito pouco. No entanto tem momentos, sequências muito bem conseguidas e é
visualmente estimulante , vale bem a pena ver este filme.
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E a terra era sem forma e vazia; e havia
trevas sobre a face do abismo
Mas então fez-se luz; e houve luz.
As trevas abriram-se...
E deu-se a separaçäo entre a luz e as trevas.
[Enquadramento]: Terça-feira à noite na Cinemateca em pleno visionamento de DER GANG IN DIE NACHT, filme mudo de Murnau realizado em 1920 (filme fraquinho diga-se)
Cena 1: Toca um telemóvel na sala, um idiota qualquer esqueceu-se de o desligar, mas prontamente o faz e lá continua a sala em profundo silêncio
Cena 2: Toca um telemóvel, o mesmo som o mesmo idiota, desta vez resolve levantar-se e sair. Quando chega à porta "tou?" mas não consegue abrir a porta !!!, acaba por desligar e volta caladinho para o seu lugar
Cena 3: Toca um telemóvel, e já se adivinha, o mesmo som o mesmo idiota. Desta vez não quer saber e toca a atender mesmo no lugar, sem sequer se levantar!!! "cala-te" "desliga essa M*****" "vai-te embora" ouve-se na sala !!!! Mais uma vez o sensato idiota resolve desligar o telemóvel
Cena 4: Toca um telemóvel (não toca porque está sem som) mesmo ao meu lado, o seu dono verifica quem é, comunica à pessoa que está com ele e toca a levantarem-se e sair, sem não antes incomodar uma fila inteira de espectadores
Volto a repetir, as cenas anteriores passaram-se ontem na Cinemateca durante o visionamento de DER GANG IN DIE NACHT, filme mudo de Murnau realizado em 1920
P.S. Tal como previsto os bilhetes para "Nosferatu" que passava às 22h00 estavam esgotados às 18h00
"Miss Little Sunshine" é um filme vindo directamente do festival de Sundance, basicamente pode-se dizer que é um “road movie” que se move entre o drama e a comédia. Tudo se passa à volta de uma familia de "losers", onde a mãe é o ponto de equilíbrio, que decidem levar a filha de 7 anos a um concurso de beleza. Mas como o concurso é longe do sitio onde vivem e como o dinheiro não abunda resolvem ir de carrinha, iniciando assim a viagem que serve para conhecermos melhor todas as personagens, e que personagens. Resumidamente:
Olive, a filha gordinha de 7 anos que quer ganhar um concurso de beleza, apesar
de não ter qualquer hipótese
Richard, o pai, um orador motivacional fracassado que apesar da desgraça mantém
sempre a postura optimista, embora irritante, pois pensa que é o caminho para o
sucesso
Frank, o irmão da mãe que gostava de ser o maior conhecedor de Proust dos EUA
mas que foi ultrapassado pelo seu rival que ainda por cima lhe ficou com o
aluno que era seu namorado, situação que levou a que tentasse o suicídio
Dwayne, o filho mais velho que fez um voto de silêncio em homenagem a Nietzsche
até que consiga entrar na Academia da Força Aérea
O avo, que foi expulso do lar por consumo de heroina e que apesar da idade, ou
por isso mesmo, só pensa em sexo
O argumento de Michael Arndt é genial tanto na composição das personagens como nas situações que as faz passar, passando pelo drama familiar, pelo humor negro e pelo humor delirante sem perder coesão narrativa.
Sem dúvida uma das surpresas do ano.
O final é simplesmente delirante, impossível não chorar a rir.
